CONOTEL 2010 – Brasil, a bola da vez – Parte 2

A primeira palestra do dia começou com o Sr. Mário Moysés do Ministério do Turismo, sobre o tema “Impacto da Copa de 2014 na Hotelaria”. Foram apresentados dados estatísticos comparativos das últimas copas mundiais e as expectativas do turismo e hospedagem nacional. Algumas estratégias de promoção também estão sendo executadas, com ações em 140 países já para instigar os olhos do mundo para o Brasil. Durante os próximos 4 anos, novas ações de marketing serão apresentadas. Após sua palestra, o vídeo dirigido por Fernando Meirelles também foi exibido, arrancando palmas da platéia. O tema: “O Brasil te chama, celebra a vida aqui”.

Entraram para o debate tambem o Sr. Dival Schmidt Filho (Sebrae), Eddy Khosa (Fedhasa), Júlio Mariz (Traffic) e Paul Whelan (Match AG). Todos com super otimismo sobre a Copa no Brasil.

Em seguida começou uma maratona de palestras em 4 salas diferentes, com os seguintes temas: Vale a pena renovar meu hotel?; Gestão de RH em um mercado hoteleiro aquecido; Faça seu destino trabalhar para seu hotel; e Programa de Qualificação para PMHs. Escolhi o terceiro e fui lá para acompanhar o que seria dito.

Faça seu Destino Trabalhar para seu Hotel

Muitos destinos se desenvolvem devido sua forte gastronomia, grandes atrativos naturais, eventos anuais, fatos históricos, etc. O empresário implanta um empreendimento que agrega valor ao destino e faz com que pessoas visitem aquele local. Seja serra, praia, patrimônio histórico, parque nacional, pratos típicos, cachoeiras, etc. O conjunto integrado faz que o turista deseje conhecer um destino? Ou não?

É aceitável que o hotel deva trabalhar em parceria com o destino. Seja um receptivo, uma agencia de turismo, um restaurante. Se o destino estiver com algum braço fraco, o hotel pode (e deve) intervir nestes casos. Não se pode deixar apenas a cargo do poder público, é preciso arregaçar as mangas e trabalhar por conta própria. É importante que o setor privado seja atuante, quem sabe até com a ajuda do terceiro setor.

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O cenário é positivo para o crescimento. A classe C tem viajado para o exterior e o mercado nacional está fervilhando em oportunidades. O hotel em conjunto com o destino deve atuar para aparecer para o público da melhor forma possível.

Após estas colocações da Ana Clévia, do Ministério do Turismo, entrou no debate o Sr. Felipe Peccin comentando seus casos de sucessos, do Hotel Casa da Montanha, em Gramado. Era preciso criar eventos para fortalecer a economia em períodos do ano onde o turismo não tinha força: a temível baixa temporada. Então foi criado o Natal Luz. O evento começou bem, mas também teve o seu período de crise, quando a cidade já não comportava mais a quantidade de visitantes. A solução para este problema foi encontrada na Disney. Foi criada uma grade de eventos que se repetiam diariamente durante 73 dias no final do ano. O entretenimento recorrente cria um costume na cidade que será lembrado por gerações e gerações. Isso tudo serve para agregar um evento a um destino. Todos ganham, principalmente a hotelaria com números que impressionam.

Cambará do Sul possui dois parques nacionais (Serra Geral e Aparados da Serra) em seus atrativos. E mesmo assim a cidade se auto-intitula como produtora de mel e em seus eventos consta a Festa do Mel como o maior evento da cidade. Nem os próprios parques ajudaram. O destino ainda é muito procurado por aventureiros e desbravadores por causa dos seus cânions e belezas naturais.

Em seguida, Ernani Pettinati, do Instituto de Turismo de Itacaré, palestrou sobre sua experiência no desafio de tornar o seu destino um atrativo sustentável para o turismo. Com o apoio da HVS e com o apoio do poder público/privado, foi desenvolvido o Plano Itacaré 2015, onde planos de formação e qualificação de pessoal com o SENAC, a segurança pública e o investimento cultural, são ações que vão ajudar a manter o destino com uma imagem forte e desejada.

Qualidade na Hotelaria e Cruzeiro Rodoviário

Após o almoço entrou em debate a qualidade na hotelaria, com o palestrante Ricardo Moesch, do Ministério do Turismo. Deverá ser implantado um novo Sistema Nacional de Classificação de Meios de Hospedagem que facilitará os investimentos com os bancos e colocará o estabelecimento em um novo patamar de sustentabilidade.

Novos requisitos mandatórios ou elegíveis para a nova classificação devem dar um novo ar nas estrelas já existentes nos estabelecimentos. É sabido que alguns podem ganhar novas estrelas e outros perderem. A seguinte classificação será aplicada:

Hotéis – até 5 estrelas
Resorts – 4 e 5 estrelas
Cama e Café – até 4 estrelas
Flats – 3 a 5 estrelas
Pousadas – até 5 estrelas
Hotel Histórico – 3 a 5 estrelas

Estamos ansiosos para a conclusão dos procedimentos padrões e as aplicações no mercado. Isso incentiva a melhoria nos serviços e a competitividade.

Cruzeiro Rodoviário: Sua diversão pede passagem

Logo após a palestra sobre a qualidade na hotelaria, subiu ao palco o Sr. Alain Baldacci, da Adetur Sudeste apresentando dados sobre o Cruzeiro Rodoviário. O que temos hoje está engessado e é preciso renovar para que o mercado possa se renovar e aquecer ainda mais a economia no turismo.

Este é um novo produto que pode e deve ser colocado em prática nos próximos meses. O nome “cruzeiro” deve ser usado com mais freqüência nas agencias e serviços como mais uma opção para o viajante, interiorizando ainda mais o turismo. Da mesma forma que é usado na navegação e aviação, em pouco tempo estaremos acostumados ao novo termo aplicado ao turismo rodoviário.

Gostamos muito desta notícia, pois facilita ainda mais a viagem da classe baixa e média com qualidade e preço competitivo em roteiros incluindo diversas cidades.

Em seguida tive que me dividir novamente entre os temas: Gestão Estratégica do Investimento Hoteleiro; Criando Valor com A&B do seu Hotel; Programa de Desenvolvimento Empresarial Sebrae; e Programa de Qualificação para PMHs. Escolhi o tema de Alimentação e Bebidas para hotéis e fui conferir.

Como criar valor na área de Alimentação e Bebidas

Para começar é preciso levar em conta vários aspectos. Alguns deles: que tipo de gastronomia será aplicado, que tipo de serviço será oferecido, qual o modelo de negócio e como você vai trabalhar com os chefs de cozinha.

Uma das grandes preocupações é exatamente a escolha principal: quem vai coordenar a cozinha? Um chef especialista, uma empresa ou cozinheiros sem especialização? Criar um bom ambiente de trabalho de acordo com as normas exigidas no setor gastronômico é fundamental para o resultado final do serviço. E finalmente definir o seu público alvo. É preciso tornar aquele momento em algo especial e marcante.

O treinamento do seu pessoal é também deve ser levado em conta. É importante estar atualizado com o que o mercado exige.

Uma das críticas que aqueceu o debate foi sobre o cardápio apresentado nos hotéis nacionais, oferecendo pratos da “cozinha internacional” em território com uma cultura gastronômica tão rica como é o Brasil. Temos regiões com cozinhas típicas locais de extremo valor e pouco é oferecido ao turista.

Confira algumas fotos de hoje:

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Amanhã tem mais. É o último dia do evento. Enquanto isso vocês podem ver mais notícias nos seguintes links do CONOTEL 2010.

www.conotel.com.br
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